quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

CARTÃO DE NATAL


O Natal é sempre uma sugestão suave e doce, generosa e fraterna, à solidariedade humana. Durante esta quadra do ano estamos mais abertos a impulsos de afetividade e a exaltações fraternas.
Por isso, nada melhor do que “ouvir” as palavras da autora desta mensagem, que compõem o livro abaixo citado, publicado no ano de 1966:

“Ao clarão do Natal, que em ti acorda a música da esperança, escuta a voz de alguém que te busca o ninho da própria alma!... Alguém que te acende a estrela da generosidade nos olhos e te adoça o sentimento, como se trouxessem uma harpa de ternura escondida no peito.

Sim, é Jesus, o amigo fiel, que volta.

Ainda que não quisesse, lembrar-lhe-ias hoje os dons inefáveis, ao recordares as canções maternas que te embalaram o berço, o carinho do teu pai, ao recolher-te nos braços enternecidos, a paciência dos mestres que te guiaram na escola e o amor puro de velhas afeições que te parecem distantes.

Contemplas a rua, onde luminárias e cânticos lhe reverenciam a glória;

Entretanto, vergas-te ao peso das lágrimas que te desafogam o coração... É que ele fala-te no íntimo, rogando perdão para os que erram, socorro aos que sofrem, agasalho aos que tremem na vastidão da noite, consolação aos que gemem desanimados e luz para os que jazem nas trevas.

Não hesites! Ouve-lhe a petição e faze algo!... Sorri de novo para os que te ofenderam; abençoa os que te feriram; divide o farnel com os irmãos em necessidade; entrega um minuto de reconforto ao doente; oferece uma fatia de bolo aos que oram, sozinhos, sob ruínas e pontes abandonadas; estende um lençol macio aos que esperam a morte, sem aconchego do lar; cede pequenina parte da tua bolsa no auxílio às mães fatigadas, que se afligem ao pé dos filhinhos que enlanguescem de fome, ou improvisa a felicidade de uma criança esquecida.

Não importa que se diga que cultivas a bondade somente hoje quando o Natal te deslumbra!... Comecemos a viver com Jesus, ainda que seja por algumas horas, de quando em quando, e aprenderemos, pouco a pouco, a estar com ele, em todos os instantes, tanto quanto ele permanece connosco, tornando diariamente ao nosso convívio e sustentando-nos para sempre.”

Meimei
 
Fonte: Livro “ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL” - 1966
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

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