O
Natal é sempre uma sugestão suave e doce, generosa e fraterna, à solidariedade
humana. Durante esta quadra do ano estamos mais abertos a impulsos de
afetividade e a exaltações fraternas.
Por
isso, nada melhor do que “ouvir” as palavras da autora desta mensagem, que
compõem o livro abaixo citado, publicado no ano de 1966:
“Ao clarão do
Natal, que em ti acorda a música da esperança, escuta a voz de alguém que te
busca o ninho da própria alma!... Alguém que te acende a estrela da generosidade
nos olhos e te adoça o sentimento, como se trouxessem uma harpa de ternura
escondida no peito.
Sim, é Jesus,
o amigo fiel, que volta.
Ainda que não
quisesse, lembrar-lhe-ias hoje os dons inefáveis, ao recordares as canções
maternas que te embalaram o berço, o carinho do teu pai, ao recolher-te nos
braços enternecidos, a paciência dos mestres que te guiaram na escola e o amor
puro de velhas afeições que te parecem distantes.
Contemplas a
rua, onde luminárias e cânticos lhe reverenciam a glória;
Entretanto,
vergas-te ao peso das lágrimas que te desafogam o coração... É que ele fala-te
no íntimo, rogando perdão para os que erram, socorro aos que sofrem, agasalho
aos que tremem na vastidão da noite, consolação aos que gemem desanimados e luz
para os que jazem nas trevas.
Não hesites!
Ouve-lhe a petição e faze algo!... Sorri de novo para os que te ofenderam;
abençoa os que te feriram; divide o farnel com os irmãos em necessidade;
entrega um minuto de reconforto ao doente; oferece uma fatia de bolo aos que oram,
sozinhos, sob ruínas e pontes abandonadas; estende um lençol macio aos que
esperam a morte, sem aconchego do lar; cede pequenina parte da tua bolsa no
auxílio às mães fatigadas, que se afligem ao pé dos filhinhos que enlanguescem
de fome, ou improvisa a felicidade de uma criança esquecida.
Não importa que
se diga que cultivas a bondade somente hoje quando o Natal te deslumbra!...
Comecemos a viver com Jesus, ainda que seja por algumas horas, de quando em
quando, e aprenderemos, pouco a pouco, a estar com ele, em todos os instantes,
tanto quanto ele permanece connosco, tornando diariamente ao nosso convívio e
sustentando-nos para sempre.”
Meimei
Fonte: Livro “ANTOLOGIA
MEDIÚNICA DO NATAL” - 1966
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.